De forma amadora, Clint Eastwood desencanta com direção de ‘15h17 – Trem Para Paris’

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Na vida, ter boas intenções não significa, imediatamente, obter um bom resultado. Aqui, Clint aprendeu esse ensinamento na raça. Ao trazer Anthony Sadler, Alek Skarlatos e Spencer Stone, – os três americanos que evitaram o massacre em 2015 – o cineasta procurou dar mais realidade à história e engajar o público na simplicidade e no carisma, com o objetivo da história comover. Mas, a intenção do veterano diretor passou longe… E como passou.

De cara, ‘15h17 – Trem Para Paris’ é o pior trabalho da carreira do cineasta, mesmo depois de trabalhos não tão amados como ‘Escalado Para Morrer’ (1975) e ‘Coração de Caçador’ (1990). Aqui, os dez primeiros minutos já não conquistam, e não só pela fútil direção e pelo roteiro sintético, mas também pela montagem. Com a nítida intenção de criar um clima desde o minuto inicial, o longa vai preparando, aos poucos, a cena clímax para prender o espectador na poltrona. Infelizmente, as cenas são irregularmente encaixadas e não transferem a tensão necessária. Essas cenas, que aparecem mais do que deveriam, só cozinham para um momento, que na prática, é tão broxante quanto o resto do filme.

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Dividido em duas fases da vida dos três personagens, a primeira traz a infância, para mostrar um pouco da personalidade e as influências de cada um, e mesmo sendo estrelado por atores, o elenco mirim é amador o suficiente para ser uma afronta ao cinema. O erro aumenta quando o elenco adulto, que traz nomes nem tão fortes – mas que se espera uma atuação básica – entra na onda das crianças e encarna o amadorismo.  

O pior vem a seguir, com um longo e desnecessário segundo ato, que não traz um filme, mas sim um diário de viagem dos três. Chega a ser um erro da nossa parte exigir uma boa atuação dos principais, mas o mínimo que se esperava de um diretor como Clint era um trabalho melhor. Este segundo ato em questão, encaixaria perfeitamente em um documentário, mas como não é, nada funciona. A trama até combina com o perfil de Clint, que aqui foge do clichê super romantizado, mas, observando o filme como um todo, um romance exagerado fez falta. Os planos gerais presentes nesse longo daily vlog, até faz o espectador olhar Clint com outros olhos, mas a história mal construída, com uma montagem toda bagunçada e personagens ruins, faz o espectador enxergar a triste realidade novamente.

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Estendendo-se mais no segundo ato – igual ao Clint – é inegável que o que deveria ser natural, nos passeios de férias dos personagens, é tudo forçado e falso. E não se deve só ao texto, mas também nas atuações superficiais dos “não atores”, tornando-se desagradável na hora de assistir.

Com o espectador já dominado pelo sono, Clint tenta, cada vez mais, aumentar um drama inexistente ao trazer novas cenas do “ápice” final, só que nada consegue mais animar o espectador, que a essa altura, já está se perguntando o que está assistindo. Como se não bastasse um segundo ato deprimente, no momento tão aguardado, Clint finalmente decidiu dirigir de forma madura e entrega toda sua força e frieza…. Pena que só por alguns segundos.

’15h17 – Trem Para Paris’ não faz o espectador, já cansado antes mesmo de começar os créditos, encontrar algo positivo. O longa não faz jus ao ato heroico dos americanos e não entrega o espírito de heróis que os três, nem que por um breve momento, mereciam. A presença deles é bem mais uma humilhação e pura vergonha alheia.

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