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Se você é do tipo que se impressiona com cenas fortes, mas tem receio em conferir “Grave”, pode ficar aliviado. Apesar de toda polêmica gerada em sua primeira exibição em um festival em Toronto, no Canadá (onde pessoas tiveram que ser socorridas por conta de desmaios por causa das cenas de canibalismo), o filme não contém cenas impactantes ou fortes o suficiente a ponto mexer com a pressão arterial ou deixar qualquer um de cabelo em pé. Talvez causaria se a diretora estreante Julia Ducournau (que também assina o roteiro) explorasse mais os atos de canibalismo e não deixasse isso em segundo plano. Caso você estiver esperando dele cenas escatológicas e mórbidas, esqueça e curta, pois o enredo de “Grave” também tem muito a oferecer. Durante o decorrer do filme, mostra ter um bom desempenho e ajuda o longa a tomar seu rumo.
Quem conferiu “Holocausto Canibal” e ficou chocado com cenas de empalhamento humano, mortes reais de animais e achou a ideia do diretor ser acusado de assassinar os atores muito boa para o “marketing” do filme, pode achar um exagero o fato de pessoas passarem mal com “Grave”. Saber que o tal efeito que causou nas pessoas é tão sério, desperta em uns curiosidade de conferi-lo e a vontade de passar bem longe em outros.
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Justine (Garance Marillier em sua estreia no cinema), uma garota vegetariana, cursará o seu primeiro ano na mesma faculdade de veterinária que estuda Alexia, a sua irmã mais velha. Recém-chegada a faculdade, ela e outros calouros novatos sofrem a humilhação de um trote que inclui um ignóbil banho de sangue de animal e comer fígado cru. Seu corpo começa a ter reações agressivas como se sofresse reações alérgicas. Eventualmente a garota passa a ter um gosto peculiar por carne humana. Ao mesmo tempo, em que sofre essa macabra mudança, Justine começa se atrair sexualmente por seu colega de quarto que é gay assumido.
A história aos poucos vai envolvendo o espectador e é no segundo ato onde as coisas ficam mais claras. É no primeiro e terceiro atos também onde percebemos que a personalidade da garota muda e vemos uma forte semelhança com um clássico que todos conhecemos: “Carrie — A Estranha”, de Brian De Palma. Não só pelo famoso banho de sangue de bicho, mas pelos desejos sexuais aflorando e sendo rejeitados, e pela insegurança em si mesma em relação aos demais demonstrada no olhar e nos gestos. Ao contrário de Carrie, Justine ao decorrer do filme vai se moldando e mostrando ser capaz de cuidar de si mesma.
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Mesmo se tratando de um horror gore (sem comparar a filmes de má qualidade), “Grave” tem uma ótima tática e uma pegada mais sutil e que, ao mesmo tempo não faz jogo associando perversão e o desejo por carne humana. Se por um lado essa vontade incomum que fomenta Justine a corrói por dentro, do outro vemos a vontade de desabafar com sua irmã, com quem vive uma relação de amor e ódio. As novas descobertas que afligem a ninfeta deixam escolhas entre encarar e aceitar ou lutar contra, uma vez que ela já tomou gosto por carne. É daí também que a diretora não nos mostra um filme clichê com de sustos baratos, nos fazendo saltar das poltronas do cinema e sim um filme com sensação de um certo desconforto numa única cena que garante a credibilidade de sua repercussão.
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