Mais um filme de terror americano, dessa vez com um nome de peso na produção, que é sinônimo de “efeitos visuais super desenvolvidos”, Michael Bay, diretor de grandes sucessos como ‘Armageddon’, ‘Pearl Harbour’ e ‘Transformers’.
O marketing em volta desta produção, até convincente, foi bastante tendencioso, pois o anúncio de Bay como produtor levantou olhares curiosos sobre o filme, acreditando se tratar de uma obra no mínimo ousada e bem feita. É claro que, em termos de terror, nem tudo são efeitos e sustos. O público, em geral quer histórias que realmente impressionem. Foi-se o tempo em que filmes de terror eram vistos apenas para diversão. Hoje, os fãs do gênero querem muito mais!
O filme ‘Ouija – O Jogo dos Espíritos’ conta a história de duas amigas de infância, que passavam o tempo jogando com um tabuleiro de Ouija. O objeto acaba por despertar algo sobrenatural na casa de uma delas, fazendo com que a mesma cometesse “suicídio”. A outra garota acaba encontrando o objeto que fez parte de sua infância e, acreditando que sua amiga na verdade não cometera suicídio, decide tentar desvendar esse mistério. Contudo, acaba trazendo grande perigo para si e todos os outros que a acompanham nessa busca.
O filme, em termos de suspense, é bem interessante, mas não alcança a margem para se tornar grandioso. Uma história sobre o tabuleiro “mágico” e uma abordagem sobre os estudos já realizados sobre o mesmo, de modo a oferecer mais conteúdo ao filme, acabaria por deixá-lo bem mais interessante, embora acabasse por ficar mais longo.
Apesar de Michael Bay na produção, o filme não se apresenta com um conjunto sofisticado de efeitos visuais e deixa a desejar em muitos momentos, deixando o filme simples demais. O mesmo se pode dizer do roteiro de Juliet Snowden e Stiles White, por ter se tornado previsível demais e sem surpresas até o final.
Em relação ao elenco, pode-se notar a simpatia e destaque da ainda inexperiente Olivia Cooke de ‘Bates Motel’, no papel principal, e da menos aproveitada Shelley Hennig que ganhou notoriedade graças a inteligente e mal terminada série sobre bruxos, ‘The Secret Circle’, e que poderia ter tido um papel bem mais interessante no filme, embora a história gire em torno do seu personagem.