Seguindo a tradição, Liam Neeson está mais uma vez em busca de “Vingança a Sangue-Frio”

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“Vingança a Sangue-Frio” é um remake do filme norueguês “O Cidadão do Ano”, de 2014, que também tem como diretor Hans Petter Moland, agora ao invés de Stellan Skarsgård no papel do pai buscando vingança pela morte de seu filho, temos Liam Neeson como Nels Coxman, um operador de limpador de neve prestes a receber o prêmio de cidadão do ano. Liam Neeson é um pai em busca de vingança, o que poderia dar errado?

Enquanto Nels e sua esposa Grace (Laura Dern) estão na cerimônia de premiação do cidadão do ano da cidade de Kehoe, seu filho Kyle, interpretado por Michael Richardson, que é filho de Liam também fora das telas, é sequestrado e morto por capangas de um conhecido traficante da região. Nels que até então era um homem reservado, com uma vida monótona, decide investigar a morte do filho e matar um a um os responsáveis.

Conforme a pilha de corpos vai aumentando, a motivação inicial vai ficando cada vez mais distante, o filho, Kyle, é cada vez menos citado e sua esposa Grace o deixa, desaparecendo completamente da trama, afinal de contas a presença dela já não era mais necessária, pois agora é tudo sobre homens defendendo sua honra, e para isso eles entram em uma espiral de equívocos que inclui cada vez mais chefões do tráfico e assassinos profissionais brigando entre si enquanto dois policiais tentam tirar algum sentido de todo o caos, mas nunca se esforçando o suficiente.

Diferente de outros filmes em que o personagem de Liam Neeson tem que vingar algum membro da sua família e no caminho matar a população de um pequeno país europeu, em “Vingança a Sangue-Frio” ele faz isso com humor e ironia como se fosse uma parodia do gênero pelo o qual o ator é tão conhecido. Parte do humor está no registro das muitas mortes, que é apresentado com cortes de cena junto dos apelidos extravagantes como Viking, Wingman, Eskimo e White Bull, que nos créditos são exibidos em “Ordem de Desaparecimento” (título em inglês de “O Cidadão do Ano”).

O filme patina entre os muitos personagens, suas entradas e saídas e os encontros, quando necessário, entre esses personagens são desorganizados fazendo com que em alguns pontos a trama se torne desgastante, existem muitas subtramas que servem como alivio cômico, mas no final não chegam a lugar algum e essas muitas ramificações fazem com que o protagonista fique ausente durante uma parcela do filme.

Em muitos momentos o filme nos remete a “Fargo” (1996), tanto pelo cenário congelado, como pela violência cômica e alguns dos diálogos parecem ter saído de alguma versão de “Pulp Fiction” (1994), o equilíbrio entre a violência gráfica e o humor sinistro não funciona o tempo todo, mas quando acerta consegue arrancar algumas risadas e a peculiaridade de alguns personagens, mesmo que rasos, como o impiedoso traficante Viking (Tom Bateman) que é também obcecado por dieta saudável, são uma boa alternativa aos estereótipos de personagens de filmes de ação.
Ainda que Moland não consiga alcançar o equilíbrio que os irmãos Coen conseguiram em “Fargo”, ou a inteligência dos diálogos de Tarantino, Liam Neeson sabe muito bem o que está fazendo aqui e ver um pouco de humor e excentricidade além da ação de costume é interessante e divertido.

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