Poucas vezes ao longo de todos esses anos, conseguimos ver uma franquia de filmes chegar ao seu sétimo capítulo, sem sofrer qualquer “arranhão”. Diferentemente de sagas como ‘Star Wars’, ‘Transformers’, dentre tantas outras, ‘Velozes e Furiosos’ enfrentou uma montanha russa de emoções dentro dos últimos 15 anos de existência.
Se houve um tempo no qual Rob Cohen era considerado o midas dos filmes de ação, hoje, justiça seja feita, trata-se o primeiro filme como o início da construção de uma família, e o diretor, um profissional mediano. Quando chegamos ao sétimo filme, podemos apontar que essa família está constituída, mas ao mesmo tempo desgastada pela perda de um de seus mais valiosos membros.
A morte de Paul Walker é tão chocante e prematura que é difícil mensurar em palavras. Tal como todo garoto, na minha adolescência, comprar uma miniatura do Mitsubishi Lancer Evo (carro usado por Walker no primeiro filme), era um sonho a ser consumado. Hoje, naturalmente, tudo mudou, mas ainda assim continua a memória emocional pela existência do carinho.
Talvez seja por isso que o diretor James Wan procurou fazer do filme, uma grande homenagem (uma das mais belas afinal), onde somente os verdadeiros fãs da franquia vão entender. Veja bem, “enfrentar” o segundo e terceiro filme, é aquele tipo de “mal necessário”, para se compreender como chegamos a esse legado.
Carros voando, física hollywoodiana, explosões de dar inveja a Michael Bay e um vasto e ótimo elenco (com destaques para Walker, mais contemplativo e Jason Statham como um tenebroso vilão monossilábico), evidenciam que no cinema, volutária ou involuntariamente, sempre existe a possibilidade de se deixar um legado, basta ter cuidado sobre a obra. ‘Velozes e Furiosos 7’ é a confirmação de que tanto na vida, quanto no cinema, o “adeus” carrega uma tristeza difícil de aceitar.
Cartaz de ‘Velozes e Furiosos 7’ em homenagem ao ator Paul Walker
Trailer do filme:
