“Chernobyl”, nova minissérie da HBO, procura ser fiel aos horrores do acidente e impressiona

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Em 26 de abril de 1986 aconteceu na cidade de Pripyat na Ucrânia, então parte da antiga União Soviética, o acidente que se tornaria o pior desastre nuclear da história. Durante o acidente, que formou uma nuvem de radiação que se espalhou contaminando a Europa oriental e ocidental, 31 pessoas morreram, devido à explosão e no combate ao fogo, e é difícil estimar com precisão quantas outras morreram no passar dos anos em decorrência a exposição à radiação.

Anatoly Dyatlov, na série interpretado pelo ator Paul Ritter, era o engenheiro chefe responsável pela realização dos testes que causaram a explosão. Dyatlov que tinha experiencia apenas com reatores nucleares instalados em submarinos, foi condenado, em 1987, por manipulação criminosa de instalações potencialmente explosivas, tendo sua pena definida em apenas 10 anos de prisão, dos quais ele cumprira 5, em 1995 o engenheiro morreu em decorrência a exposição à radiação durante o desastre.

O governo soviético tentou ao máximo abafar o ocorrido na usina, afirmando que não se passava de um incêndio em um dos telhados e que a radiação era proveniente das aguas de resfriamento do núcleo do reator e estava em níveis aceitáveis, a cidade só foi evacuada cerca de 30 horas após o acidente e a primeira notícia sobre a explosão só foi divulgada, na Alemanha, 3 dias depois do ocorrido, isso porque os níveis de radiação começaram a ser detectados por outros países.

Em 2006, 20 anos após o acidente, a ONU emitiu um relatório onde atribuía 47 mortes até então ao desastre, estimando que cerca de 9 mil pessoas podem ter morrido de câncer devido a exposição à radiação resultante da explosão de Chernobyl, além disso também estimasse que 2000 mil km2 teriam sidos contaminados com radiação, sendo 71% dentro dos territórios da Bielorrússia, Rússia e Ucrânia.

33 anos após o desastre, a HBO em coprodução com a Sky lança uma minissérie de 5 episódios de 1 hora cada, que numa mistura de drama com thriller político nos faz relembrar todos os horrores relacionados a esse desastre. O primeiro episódio tem início dois anos após o desastre e acompanha Valery Legasov (Jared Harris), um químico soviético que foi chefe da comissão de investigação do dessastre de Chernobyl, e o mostra claramente abalado com o rumo que as investigações levaram. Logo o episódio volta para a noite do desastre, a série nos leva para a cidade de Pripyat, se preocupando majoritariamente em mostrar os acontecimentos dentro da usina, mas também nos apresentando vertentes secundárias da história, como os cidadãos mais próximos da usina reagiram ao que acreditavam ser apenas um incêndio no telhado, tendo o foco em Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley), esposa de um dos bombeiros chamados para apagar o incêndio, Lyudmilla mais tarde escreveria o prólogo do livro Vozes de Chernobyl da autora, ganhadora do Nobel de Literatura, Svetlana Alexievich.

Apenas com o primeiro episódio já é possível ficar horrorizado com a forma que tudo ocorreu, Chernobyl é um retrato dos absurdos que fizeram daquele o maior desastre nuclear da história, a produção, no alto padrão que se espera da HBO, nos mostra os fatos de forma assustadora, o desespero, mesmo que velado, da equipe que estava na usina na hora da explosão é tangível, assim como a inquietação de quem assiste sabendo como tudo aquilo terminou.

Os 5 episódios tem o mesmo diretor, Johan Renck, que já dirigiu episódios de Breaking Bad, Bates Motel e The Walking Dead, o que nos leva crer que a consistência e ritmo serão mantidos no decorrer de toda a série que promete ser impactante e perturbadora enquanto conta a história não só de um dos acidentes mais conhecidos do mundo, mas de como os personagens foram afetados por ele.

Chernobyl estreia nesta sexta-feira (10), às 21 horas na HBO, e a exibição dos próximos episódios ocorrerá semanalmente no mesmo horário, a minissérie também estará disponível no serviço de streaming do canal.

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