“As Duas Irenes” é uma linda e singela homenagem a fase da adolescência

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Estreia hoje em circuito nacional um dos filmes que fez bonito no 45º Festival de Gramado este ano (junto a “Como Nossos Pais”), “As Duas Irenes” do diretor estreante Fabio Meira. Na premiação ocorrida em 26 de agosto, o filme foi laureado com 4 kikitos: melhor roteiro (assinado pelo próprio Fabio), direção de arte, ator coadjuvante (Marco Ricca) e prêmio da crítica – além de cair nas graças da platéia na noite em que foi exibido. “As Duas Irenes” foi selecionado para o 67º Festival de Berlim, na mostra Generation (filmes protagonizados por jovens).

O filme é algo mais que particular para Fabio, por se tratar de uma história inspirada em seu avô, que tinha duas filhas com o mesmo nome, uma com sua avó e uma outra mulher. Em seu currículo, Fabio tem nove curtas e é formado em curso de roteiro feito com o escritor e jornalista colombiano Gabriel Garcia Marquez. Fabio também é graduado na Escola de Cinema de San Antonio de Los Baños, na Cuba.

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O título já entrega que o filme narra, a história de duas garotas com o nome de Irene. Elas, além dos nomes iguais, são irmãs, porém com temperamentos diferentes. Irene, uma adolescente interiorana de 13 anos, tem uma vida entediante: é a filha do meio e recebe menos atenção que a mais velha e a caçula. Sua mãe é autoritária e conservadora, que vez ou outra lhe repreende, ora por seu comportamento, ora por suas roupas. Certo dia, casualmente ela descobre que Tonico, seu pai, um homem sério e conservador tem outra família em uma cidade vizinha e uma irmã também chamada Irene e da mesma idade que ela.

Irene faz amizade com sua irmã e acaba se infiltrando na casa da família. Ela descobre que as duas têm algumas coisas incomuns e personalidades opostas. Enquanto Irene é uma garota tímida e de poucas palavras, vê na outra Irene uma menina audaciosa e temperamental. As duas mantêm logo de cara uma relação de afeto sem que as famílias saibam. É nessa fase que Irene começa um processo de amadurecimento, descobertas – como sexualidade – e a desenvoltura de seu corpo. Ela não enxerga sua irmã como rival e sim, um espelho e floresce nela a vontade de ser igual a outra Irene, bem como o desejo de  conhece-la melhor.

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Apesar do filme ter uma história linear, explora com suavidade e destreza o universo dos personagens secundários (em especial Teuda Bara que interpreta Madalena).  O filme possui momentos de beleza que são percebidos e estão apoiados no roteiro, que é executado de forma delicada. O filme também revela-se como uma bonita fábula existencial sobre como se tornar uma pessoa madura e o fortalecimento feminino que está sempre presente.

O ponto alto do longa não é criticar o machismo ou a bigamia, mas o desenvolver do enredo num curioso mosaico de mudanças de personalidade que as protagonistas mostram. As atrizes Priscila Bittencourt e Isabela Torres esbanjam simpatia e ternura em desempenhos brilhantes com maior parte dos textos improvisados.

Embora o filme se atenha a relação entre as irmãs, “As Duas Irenes” é uma linda e singela homenagem a fase da adolescência e suas descobertas. Aos poucos o público vai percebendo que se trata de relações familiares e ao decorrer do tempo sua lenta forma de contar a história não compromete o longa. Por esta originalidade e outros atributos que “As Duas Irenes” é doce, sensível e profundo.

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Aproveitando as lindas paisagens da cidade de Goiás Velho (Goiás), o filme compõe uma linda fotografia de Daniela Cajías e uma ótima direção de arte de Fernanda Carlucci, ainda realçado por uma gostosa trilha sonora e canções com músicas da década de 1960, como “Índia” de Castainha e Inhana e “Banho de Lua” de Rita Pavone (e uma notável cena onde Neuza, personagem de Inês Peixoto interpreta a música “Meu Primeiro Amor”). Estas sutilezas o torna uma pequena obra sedutora com um epílogo surpreendente. Imperdível!

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